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Deputado Estadual Sergio Peres busca realocação de trabalhadores surdos da Corag no Rio Grande do Sul

O deputado estadual Sergio Peres (PRB) recebeu, nesta sexta-feira (5), comitiva da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos do Rio Grande do Sul para tratar da situação dos trabalhadores surdos ligados à Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag) frente à extinção do órgão pelo Governo do Estado. Dos 23 funcionários contratados em regime CLT, por intermédio da Feneis, cinco foram demitidos quinta-feira (4), enquanto outros dois já haviam sido desligados em novembro. A entidade responde por todos eles e por suas questões trabalhistas frente à Corag. “Há pessoas com idade mais avançada, com mais de 10 anos de serviços prestados, que são responsáveis pelo sustento das suas famílias. Conhecemos a realidade deles, há trabalhadores sem saber de que forma honrarão compromissos como financiamento de casa própria, por exemplo”, alertou a diretora administrativa Maria Cristina Viana Laguna.

Em reunião mediada pela intérprete de Libras Juliana Beppler, o grupo solicitou a Peres providências com relação ao descumprimento do acordo que havia sido feito entre o parlamentar do PRB e o Poder Executivo Estadual no período de votação do projeto que autorizava a extinção da empresa pública. “Retirei minha emenda que previa a realocação dos trabalhadores surdos porque haveria atenção com essa causa por parte do Executivo. Isso foi selado em tribuna com o líder do governo na Assembleia e testemunhado por outros 53 parlamentares”, lembrou o republicano.

Uma reunião deverá ser marcada com o Poder Executivo, o deputado e a Feneis para a semana que vem a fim de resolver a questão. De acordo com o grupo, diálogos com a Procergs e com o Daer para examinar a possibilidade de contratação dos funcionários foram iniciados em 2017, mas não foram levados adiante. “O que recebemos do governo foi sempre uma sinalização verbal com relação ao aproveitamento da mão de obra dos surdos em outras instituições, que hoje se mostra um acordo frágil. Não contamos com uma garantia formalizada para recorrermos ao que foi combinado ‘no fio do bigode’ com os trabalhadores”, relatou o coordenador de Desenvolvimento Profissional da Feneis, Jeferson Gonçalves.

O diretor regional da Feneis, Carlos Martins, observou que outros estados já apresentam uma realidade diferente no que diz respeito à integração dos surdos na sociedade. “A Feneis em Minas Gerais conseguiu inserir 700 trabalhadores surdos em órgãos públicos, enquanto esse número cai para 158 no Rio Grande do Sul. A Polícia Civil mineira absorveu duzentos trabalhadores surdos no ano passado, indicando que é possível aproveitar essa mão de obra”.

Também participaram da audiência o representante da comunidade surda do PRB Cristian Strack e o diretor financeiro da Feneis, Augusto Schallenberger.

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